Ação de segurança deixa 64 mortos e 81 presos em confronto contra o crime organizado
O Rio de Janeiro viveu nesta terça-feira (28) um dos dias mais tensos e violentos da sua história recente. Uma megaoperação das forças de segurança resultou em 64 mortos e 81 prisões nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.
A ação contou com cerca de 2.500 agentes das polícias Civil, Militar e Federal, além de apoio de veículos blindados e helicópteros. Segundo o governo estadual, o objetivo foi combater grupos armados ligados ao tráfico de drogas e recuperar áreas dominadas por criminosos.
Confronto intenso e clima de medo nas comunidades
Desde as primeiras horas da manhã, moradores relataram tiros intensos, barricadas e veículos incendiados. A circulação foi interrompida em várias vias da região, e escolas precisaram suspender as aulas.
De acordo com as forças de segurança, criminosos usaram drones e armamento pesado durante o confronto. Apesar do clima de tensão, a operação foi considerada “bem-sucedida” pelas autoridades, que afirmaram ter desarticulado núcleos importantes de comando do tráfico.
“É uma resposta firme contra quem insiste em desafiar o Estado e espalhar o medo”, declarou um porta-voz da Polícia Militar.
Estado reforça combate ao crime organizado
O governo do Rio de Janeiro classificou a operação como parte de uma estratégia permanente de enfrentamento ao crime. Segundo nota oficial, a prioridade é garantir segurança às famílias trabalhadoras e restabelecer a ordem pública nas áreas dominadas por facções.
Ainda conforme o comunicado, a ação seguiu protocolos legais e contou com o acompanhamento de promotores e corregedorias. As investigações continuam para identificar os líderes das quadrilhas.
Repercussão nacional e internacional
O caso ganhou destaque em veículos internacionais como The Guardian, Al Jazeera e Associated Press, que destacaram a magnitude da operação.
Governos de outros estados manifestaram apoio e colocaram suas forças à disposição para colaborações em futuras ações conjuntas de segurança pública.
População pede paz e presença do Estado
Entre o medo e a esperança, moradores das comunidades pedem mais segurança e oportunidades. Muitos relatam que vivem entre o fogo cruzado e desejam a presença contínua do Estado — não apenas com operações, mas com serviços públicos e programas sociais de longo prazo.
Apesar das dificuldades, há quem veja nas operações um sinal de que o poder público está retomando o controle de áreas há décadas dominadas por criminosos.
Um estado em busca de tranquilidade
O episódio desta semana reforça o desafio que o Rio de Janeiro enfrenta: combater o crime organizado sem deixar o cidadão refém da violência.
Entre o dever das forças de segurança e o direito à vida da população, surge um ponto comum: o desejo coletivo por paz e justiça.
Por Zé da Legnas
Reportagem especial — Notícia de Pentecoste
