Dona Chata Completa 98 Anos: A Agricultora, Parteira e Rezadeira que Trouxe Vidas e Cura

Em uma rara e emocionante celebração de vida e resiliência, a comunidade de Pentecoste se une hoje, 10 de dezembro, para homenagear Dona Raimunda Eduardo Pimentel, mais conhecida pelo carinhoso e forte apelido de Dona Chata, que atinge a notável marca dos 98 anos. Sua história não é apenas um registro de longevidade, mas um poderoso testemunho da força da mulher nordestina, matriarca de uma prole imensa, incansável guardiã da terra e matriz de saúde e sabedoria popular.
A Matriarca e a Grandeza da Prole
Viúva do saudoso profissional da construção civil, Sebastião Galdino, Dona Chata é o pilar de uma das famílias mais numerosas da região. Juntos, eles trouxeram ao mundo treze filhos, um legado humano que se multiplica em netos, bisnetos e tataranetos. A dimensão de sua família reflete a dedicação e o amor incondicional que ela semeou por quase um século.
“Criar treze filhos é erguer um império de amor. Ver Dona Chata aos 98 anos é entender o verdadeiro significado de resiliência e propósito”, comentou uma fonte próxima à família.
Mãos Que Plantam, Mãos Que Acolhem a Vida
O que torna a jornada de Dona Chata ainda mais singular é sua atuação múltipla na comunidade. Além de ser uma dedicada agricultora — cultivando a terra com firmeza e garantindo o sustento —, Dona Raimunda exerceu um papel fundamental de parteira.
Por meio de suas mãos firmes e generosas, “muita gente veio ao mundo”. Seu conhecimento empírico e prático garantiu a segurança e o nascimento de inúmeras crianças, estabelecendo um vínculo profundo e vital com gerações de famílias em Pentecoste.
A Sabedoria da Rezadeira
O seu papel não se restringiu ao nascimento. Como rezadeira, Dona Chata é uma fonte de sabedoria popular impressionante. Em um tempo em que os recursos eram escassos, ela ofereceu conforto e cura através de suas orações e benzimentos. Essa função, enraizada na cultura e na fé nordestina, a elevou ao status de guardiã não só das vidas, mas também do bem-estar e da saúde espiritual da comunidade.
A comunidade a reverencia não apenas por sua idade, mas por ser a “grande mulher” que cultivou a terra, ajudou a parir e curou com a fé. Sua vida é a prova de que a força de uma mulher pode sustentar lares, dar à luz novas gerações e promover o alívio e a esperança.
O Presente de Uma Vida Completa
Com 98 anos, Dona Chata atravessa a História como um farol de serviço comunitário. Seu apelido, frequentemente associado a personalidades marcantes e inesquecíveis, é hoje um sinônimo de respeito e admiração na região.
Neste dia de festa, a luz de Dona Raimunda brilha intensamente, inspirando todos a valorizar a sabedoria dos mais velhos e o poder do serviço altruísta.
Parabéns, Dona Chata, por seus 98 anos de vida, amor e uma colheita de vidas que honra o seu nome e a sua história.