A Luta Contra a Omisão: Por Que a Prefeitura de Pentecoste Precisa Mostrar Seus Trunfos Ambientais

A recente entrevista que trouxemos com o Secretário de Meio Ambiente, Thiago Azevedo, e o fiscal Maurizan Filho, ao final de 2025, expôs um fato claro: a gestão do prefeito Vicente do Zuza tem trabalhado duro em questões ambientais históricas de Pentecoste. Os dados são inegáveis: o lixão está sendo transformado na Central Municipal de Resíduos Sólidos (CMRS), e a fiscalização fechou três pontos de extração ilegal de areia em locais como Erva Moura.
Mas a entrevista também revelou o grande desafio: a percepção popular de omissão.
O Fim da Fumaça
A promessa do fim do lixão está se tornando realidade com a CMRS. A chegada da máquina trituradora é a chave para acabar com a queima da poda, principal geradora de fumaça. E a ideia de usar esse material triturado como adubo, estabelecendo parcerias com nossos agricultores, é um ciclo virtuoso que merece ser exaltado.
No entanto, a mudança do lixão para a CMRS é um processo lento, burocrático e muitas vezes invisível para o cidadão comum. É fundamental que a Secretaria de Meio Ambiente de Pentecoste abra as portas, mostrando o andamento da obra e os detalhes da segunda etapa. A transparência é a melhor resposta para qualquer crítica.
A Areia e o Embate Legal
A atuação firme contra a extração predatória de areia é louvável. O fechamento dos pontos clandestinos é prova de que o município está defendendo os rios Curu e Canindé.
Contudo, no caso do Rio Canindé, em áreas como Jaçanã, há um embaraço burocrático com a Semace (órgão estadual) que confunde a população. O Secretário Thiago Azevedo deixou claro: a prefeitura está atuando, enviando relatórios e cobrando a paralisação, mas o poder final está na esfera estadual.
Essa distinção é crucial. Se a população vê a extração predatória continuar, a culpa recai sobre o gestor mais próximo. A prefeitura de Pentecoste deve comunicar de forma clara: somos contra a devastação e estamos fazendo nossa parte na fiscalização, mas dependemos da Semace para a paralisação final.
O trabalho do fiscal Maurizan Filho e de sua equipe é essencial e perigoso. O sucesso na luta contra a extração de areia e no resgate de animais silvestres precisa ser noticiado com mais vigor.
Conclusão: A gestão está realizando as ações corretas. Mas se o trabalho não for comunicado de forma constante, clara e acessível, a narrativa da omissão vencerá. É hora de construir a ponte entre o trabalho da Secretaria e o conhecimento do povo de Pentecoste.