
Repórter da TV Cidade, famoso pelo bordão “No pique, na pressão!”, lutava contra um câncer de pulmão.
O Ceará perdeu neste fim de semana uma de suas figuras mais emblemáticas da comunicação popular: o repórter Águia Dourada. Conhecido por seu estilo direto, carismático e pelos bordões inconfundíveis, o jornalista, que fez história na TV Cidade (Grupo Cidade de Comunicação) por mais de duas décadas, travava uma batalha contra um câncer de pulmão desde 2020.
A notícia de seu falecimento, confirmada pelo veículo onde trabalhou, gerou comoção imediata nas redes sociais e entre os telespectadores que acompanhavam diariamente sua cobertura policial nos bairros da capital.
A Voz da Comunidade e a Capa de Luto
Águia Dourada não era apenas um repórter; ele era um personagem cuja capa preta e a frase de efeito “No pique, na pressão! É bala, meu amigo, muita bala!” se tornaram símbolos da cobertura policial no estado.
Sua ousadia e a forma única de interagir com o público transformaram a reportagem de campo em um gênero à parte. Ele tinha a capacidade rara de aproximar a dura realidade das periferias e comunidades da tela da televisão, dando voz a quem raramente era ouvido. Sua reportagem era marcada por uma mistura de firmeza na busca por informações e um toque de irreverência que humanizava o relato.
O Legado de Coragem e Paixão
Em nota oficial, o Grupo Cidade de Comunicação, através de seu presidente Miguel Filho, lamentou a perda, destacando a essência do trabalho do repórter.
“Recebemos com grande tristeza a notícia da partida de um dos maiores nomes do nosso jornalismo. Águia Dourada deixa um legado de coragem, verdade e paixão pela reportagem,” declarou Miguel Filho.
Para além dos números de audiência, o legado de Águia Dourada reside em sua contribuição para a comunicação popular. Ele rompeu as barreiras da formalidade jornalística, criando uma ponte direta com o povo e consolidando um estilo que, inegavelmente, marcou a história da televisão cearense. Sua trajetória profissional, pautada pela dedicação à reportagem de rua, permanece como uma referência para novos profissionais que buscam autenticidade e conexão com o público.
O ícone se despede, mas suas expressões e a imagem da capa em ação ficarão gravadas na memória de uma geração de telespectadores.