Polícia Federal desmonta fábrica de dinheiro falso

A Polícia Federal desmontou uma fábrica de produção industrial de dinheiro falso, em Fortaleza. Seis pessoas foram presas em flagrante. A quadrilha atuava em todo o Brasil. Estima-se que 20% do dinheiro falso que circula no País tenha partido da quadrilha cearense
Quadrilha especializada na fabricação de dinheiro falso, em Fortaleza, foi desarticulada pela Polícia Federal. Após dois meses de investigação, seis pessoas foram presas em flagrante e uma fábrica bem equipada de produção industrial de cédulas falsas foi descoberta durante a operação intitulada Mustache, deflagrada na noite da última terça-feira, 30. Ontem pela manhã, mais cinco pessoas foram presas, entre elas uma mulher. Dois dos homens presos fazem parte de uma torcida organizada de um grande clube de futebol da Capital, não revelado pela PF.
Conforme explicou o superintendente regional da PF, delegado Sandro Caron, o lugar utilizado para a produção das cédulas, localizado na avenida Sargento Hermínio, já é considerado pela PF como um dos maiores pontos de falsificação do Brasil. Estima-se que 20% do montante de dinheiro falso que circula no País tenha partido da quadrilha cearense. “Eles fabricavam cerca de 300 mil reais por mês. Eram especializados em notas de R$ 50 da nova família”, diz Caron.
A quadrilha atuava em vários estados do Brasil, como Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco. Sob a principal estratégia de acompanhar o time em jogos pelo Brasil, com o resguardo da entrada facilitada pela participação na torcida organizada, integrantes da quadrilha carregavam o dinheiro falsificado nas roupas e repassavam-no a distribuidores. Segundo a PF, a próxima remessa seria enviada para a Bahia.
As quantias falsas, que chegavam a R$ 20 mil em alguns locais de distribuição, eram espalhadas pelo comércio local ou vendidas por encomenda em uma proporção de 4 por 1. Neste último, para cada R$ 4 mil em dinheiro falso, o comprador pagava R$ 1 mil em dinheiro verdadeiro, segundo a PF.
O líder do grupo, conhecido por Bigode, já era procurado pela Polícia há cerca de quatro anos. De acordo com Caron, as suspeitas da existência da fábrica de falsificação surgiram a partir de dados coletados em inquéritos policiais, desde 2007, quando Bigode era citado por acusados. “Isso sinalizava que um grupo criminoso muito bem organizado estava agindo. Prender Bigode era uma questão de honra”, reforça o chefe da Operação Mustache, delegado Régis Vasconcelos.
O Povo

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