Preço da gasolina: motoristas de aplicativo já pensam em manifestações

Entregadores de delivery também enfrentam dificuldades com os frequentes aumentos no valor dos combustíveis.

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Além do gasto com combustível, a maioria dos motoristas de aplicativo utilizam carros alugados. 📷(Foto: Peter Fazekas/Pexels)

Nesse período de isolamento social e com muitos estabelecimentos fechados, o serviço de delivery tem sido uma saída para quem precisa comprar diversos produtos. Com essa mudança no hábito de consumo e aumento da demanda, os motoboys encontraram uma boa oportunidade para manterem ou até aumentarem o faturamento.

No entanto, com os frequentes crescimentos no preço dos combustíveis, as entregas não têm sido mais vantajosas para a para os entregadores.  

Quase 60 mil motoboys atuam no Ceará. Cerca de 15 mil trabalham com carteira assinada e têm ajuda de custo. A maioria, porém, é totalmente responsável pelo abastecimento do veículo e isso tem pesado cada vez mais no bolso dessa categoria.

Segundo o presidente do Sindicato dos Motoboys, Motoqueiros Vendedores e Pré-vendedores, Motoqueiros Cobradores, Mensageiros, Mecânicos e Vendedores Específicos na Área Motociclistas do Estado do Ceará (SINDIMOTOS/CE), Glauberto Almeida, somente com ajuda dos governadores será possível amenizar os impactos provocados pelos constantes reajustes no preço da gasolina. 

Manifestações

Esses aumentos têm prejudicado também quem trabalha como taxista e motorista por aplicativo. No caso desses trabalhadores, muitos dos veículos utilizados nas corridas são alugados. Por isso, para muitos, trabalhar assim tem se tornado inviável e a categoria já pensa em fazer manifestações para reivindicar redução nos preços dos combustíveis. 

Vale a pena trocar pelo etanol?

Por mais que pese no bolso, a política de preços da Petrobrás é defendida por especialistas, já que ela leva em conta a cotação do dólar e o mercado internacional.

Porém, a economia brasileira não está preparada. Sendo assim, é possível substituir combustível?

Segundo o economista Marcus Vinícius, o consumidor precisa fazer uma conta simples para decidir qual das duas opções de combustível tem o melhor custo-benefício. 

“A nossa experiência é que o álcool não pode ultrapassar 70% do valor da gasolina. Se a gasolina estiver custando, hoje, R$ 5,30, a gente está falando de um álcool de até, no máximo, R$ 3,70. Se for acima disso, não compensa, melhor você continuar colocando gasolina”, recomenda o especialista.

Para Marcus Vinícius, a saída para o motorista tentar economizar nos trajetos do dia-a-dia é estar atento para os postos com os valores mais em conta. Mas ele também avisa: se o desconto é maior do que o normal, é melhor pensar duas vezes.

“Nesse setor não existe mágica, se a diferença for muito grande, desconfie”, diz o economista, alertando para o risco dos combustíveis adulterados que podem causar danos sérios aos veículos.


GC Mais


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