
WASHINGTON D.C. — Em uma mudança tática na política comercial dos Estados Unidos, o Presidente Donald Trump assinou nesta sexta-feira (14) uma ordem executiva que reduz as tarifas de importação sobre uma cesta de alimentos básicos, incluindo carne bovina, café, tomates e bananas.
Alívio para o Consumidor e Justificativa Oficial
A medida, que tem efeito retroativo a 13 de novembro, é o reconhecimento mais explícito da Casa Branca de que a estratégia tarifária anterior vinha contribuindo para o aumento do custo de vida dos americanos. O objetivo é aliviar a pressão dos eleitores sobre os preços dos produtos de supermercado.
A lista de produtos beneficiados pela isenção de tarifas é ampla, incluindo centenas de alimentos como cocos, abacates, abacaxis e outras frutas tropicais. A justificativa oficial é que esses itens não são produzidos em quantidade suficiente nos Estados Unidos para atender à demanda interna, tornando o corte tarifário uma necessidade logística e econômica.
Impacto Global: Exportadores Comemoram
A decisão de Washington foi recebida com entusiasmo pelos países exportadores, notadamente o Brasil, cujas exportações haviam sido penalizadas pelas tarifas mais elevadas.
Em comunicado, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) considerou a decisão “muito positiva”, afirmando que a redução tarifária “devolve previsibilidade ao setor”. Contudo, o setor mantém cautela. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) destacou a necessidade de uma análise mais profunda para entender exatamente a qual percentual de tarifa a isenção se aplica, devido à composição das tarifas.
A medida sinaliza uma nova fase na política comercial do governo Trump, priorizando ações pontuais para controle de preços e estabilização do mercado interno, mesmo que isso implique em afrouxar algumas de suas políticas protecionistas mais amplas.
Para uma análise aprofundada sobre as tensões comerciais anteriores que levaram ao “tarifaço” e o contexto desta redução, veja Entenda a Crise de Tarifas entre Brasil e EUA.